Jornalista, escritor, fotógrafo e arquiteto. Guedes de Oliveira foi agraciado com a comenda da Ordem de Santiago e a sua biografia está em destaque na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
Henrique António Guedes de Oliveira nasceu a 24 de janeiro de 1865, no lugar de Ingilde, concelho de Baião. Viveu na cidade do Porto até à morte de seu pai, quando tinha apenas 8 anos, passando depois a aprender a “arte de sincelar a prata” com um seu tio ourives, residente em Rio Tinto, no concelho de Gondomar.
Desde cedo demonstrou paixão pelos jornais, improvisando rudimentares gazetas com os seus amigos. Ainda criança, com apenas 11 anos, começou a colaborar com títulos como a “Voz do Operário”, em Lisboa, ou “O Operário”, no Porto. Publicou o seu primeiro livro de versos, intitulado “Cáusticos”, aos 15 anos, a que se seguiram colaborações em vários jornais nacionais
Fundou o jornal “Republica Portuguesa” e foi também um dos principais colaboradores do jornal “Paródia”, criado por Rafael Bordalo Pinheiro, bem como de outros jornais humorísticos. Pertenceu às direções da Associação dos Jornalistas e Homens de Arte do Porto, mas foi a sua associação ao jornal “O Primeiro de Janeiro”, do qual foi colaborador e redator durante 34 anos, a mais recordada pelos leitores.
A sua intervenção profissional não se cingiu apenas ao jornalismo. Foi também arquiteto, diretor da Escola de Belas Artes do Porto e fotógrafo. A sua paixão pela fotografia valeu-lhe vários prémios nacionais e internacionais, nomeadamente pelas suas fotografias de arte, de miniaturas e esmaltes.
Guedes de Oliveira faleceu em Rio Tinto, a 13 de fevereiro de 1932, estando sepultado no cemitério do Prado do Repouso, no Porto.