Gondomar é um nome e uma terra com ressonâncias históricas. Vários achados revelam as velhas raízes da vivência humana neste local desde a pré-história. A exploração das minas de ouro nas regiões próximas e a posição estratégica do “Crasto” comprovam a permanência dos Romanos nestas terras.
Entre outras versões, a denominação “Gondomar” é atribuída ao rei visigodo “Gundemaro” que, em 610, teria aqui fundado um Couto, apesar de não haver vestígios dos cavaleiros visigóticos.
Gondomar recebeu a Carta de Couto de D. Sancho I em 1193, que, mais tarde, foi confirmada pelo rei D. Afonso II, através das Inquirições. O Monarca “fez honra de Gondomar” a D. Soeiro Reymondo, que aqui tinha um solar.
No reinado de D. Manuel I é outorgado o primeiro foral ao “Município de Gondomar”, em 1515. Também estas terras férteis foram doadas a D. Margarida de Vilhena, concedendo-lhes direitos de renda, foros, etc.
Nos séculos seguintes, o “julgado de Gondomar” não enquadrou sempre as atuais freguesias. Ao longo dos anos diversas modificações do estatuto e demarcações de algumas localidades - Melres, Rio Tinto, Lomba e São Pedro da Cova - fizeram variar a forma do concelho. Se bem que fossem integradas as referidas freguesias com todas as suas potencialidades, ao concelho já pertenceram Avintes (hoje ligada à cidade de Vila Nova de Gaia) e Campanhã (freguesia do Porto, fronteiriça com os limites de Gondomar).
Data de 1868 a incorporação no concelho das freguesias de São Cosme, Valbom, Rio Tinto, Fânzeres, São Pedro da Cova, Jovim, Foz do Sousa, Covelo, Medas, Melres e Lomba. Formalmente só em 1927 a sede do concelho - São Cosme - foi confirmada como Vila de Gondomar, mediante pedido à Presidência da República.
Em 1985 foi promulgada a lei de criação da Freguesia de Baguim do Monte. Em 1991 Gondomar ascende a cidade, o mesmo acontecendo com Rio Tinto, em 1995. Mais recentemente (janeiro de 2005), Valbom também ascende à categoria de cidade.