A via que vai fazer a ligação do Gondomar Goldpark – Parque Tecnológico ao antigo largo da feira vai ser prolongada até à Rua do Padre Andrade e Silva, no centro da cidade de Gondomar. O estudo urbanístico deste prolongamento foi aprovado hoje, dia 13, em reunião de Câmara, que decorreu de forma descentralizada em Melres, na Junta de Freguesia.
Este estudo urbanístico surge na sequência da aprovação do projeto de execução do arruamento de ligação do Goldpark à Rua D. João de França e desta à Rua Ala Nun’Álvares, onde se situa o antigo largo da feira, uma obra que integra o plano estratégico do Município de Gondomar para a chegada da segunda linha de metro ao concelho, a designada linha Gondomar II (Dragão/Souto), já que irá permitir retirar a circulação automóvel da zona junto ao Terminal do Souto, desviando-a para esta nova via.
Esta empreitada, que, no global, representa um investimento superior a cinco milhões de euros na construção de 1375 metros de via rodoviária, mas também pedonal e ciclável, vai ainda melhorar as acessibilidades desta zona da cidade, ao fechar a circular urbana de S. Cosme. A execução do prolongamento até à Rua do Padre Andrade e Silva, e consequente demolição dos edifícios do Mercado Municipal, vai permitir também a expansão de dois equipamentos de utilização coletiva existentes na zona envolvente, nomeadamente a ampliação do Pavilhão Ala Nun’Álvares, projeto anunciado aquando da celebração dos centenário do clube, e a construção do tanatório de S. Cosme.
De referir que o traçado da nova linha metro de Gondomar foi apresentando ontem, dia 12, numa reunião que juntou, na Biblioteca Municipal de Gondomar Camilo de Oliveira, o executivo camarário, o Conselho de Administração da Metro do Porto e o consórcio formado pela GRID e pela Ayesa, responsável pela elaboração do projeto e do estudo de impacto ambiental da nova linha do metro de Gondomar.
O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, destacou, nessa reunião, a “eficiência do traçado” proposto pela Metro do Porto, sublinhando o papel social que o mesmo assume. “Num concelho com uma grande taxa de mobilidade urbana, o metro é fundamental para melhorar a coesão social, uma vez que permite derrubar barreiras e servir as pessoas que dele precisam no seu quotidiano”, sublinhou.
Esta linha, que fará a ligação entre o Estádio do Dragão e o Souto, no centro da cidade de Gondomar, terá uma extensão total de cerca de 6,9 quilómetros, prevendo-se a criação de oito novas estações – São Roque, Cerco, Lagarteiro, Lagoa, Valbom, Hospital Fernando Pessoa, Oliveira Martins e Souto –, o que permitirá uma interface com a rede de autocarros que liga o centro de Gondomar às restantes freguesias do concelho.
A obra, que tem um prazo de conclusão previsto para 2029, representa um investimento de 225 milhões de euros, no qual está também contemplada a ligação à Trofa. A construção já tem garantido o financiamento da União Europeia, através do Portugal 2030.
Recorde-se que o protocolo para a consolidação da expansão da rede de metro e metrobus na Área Metropolitana do Porto (AMP) foi assinado em fevereiro de 2020, em Gondomar. Em outubro do ano passado, também em Gondomar, realizou-se a cerimónia de lançamento do concurso público internacional para a execução dos anteprojetos e desenvolvimento dos estudos de impacto ambiental destas novas linhas, juntamente com as novas ligações em Matosinhos e na Maia.