Jornalista, escritor e produtor. A dedicação às letras e ao jornalismo tornaram este gondomarense numa referência no panorama cultural e jornalístico português.
Evaristo José Pereira da Costa Barreto nasceu na cidade do Porto em 27 de novembro de 1914, filho de Evaristo José Barreto e Aida Alzira Pereira da Costa. Frequentou o Liceu Alexandre Herculano, também nesta cidade, onde concluiu o curso dos Liceus. Seguiu-se o Curso Preparatório de Engenharia na Faculdade de Ciências do Porto, que não chegou a concluir, tendo-se dedicado depois às letras e ao jornalismo.
Ofereceu-se para prestar serviço militar no Exercito Britânico, onde foi mobilizado para os Açores como oficial miliciano. Seguiu depois para Angola, de onde regressou gravemente doente, presumivelmente com malária. Passou a residir no lugar de Valbom, em Gondomar, local afamado pelo clima e proximidade do rio Douro.
Restaurada a saúde, dedicou-se de novo à escrita e ao jornalismo, ingressando então no jornal “O Comercio do Porto”, primeiro como colaborador e depois como diretor do suplemento “Cultura e Arte”.
A sua atividade jornalística levou Costa Barreto a vários países do mundo e a colaborar com inúmeros jornais e revistas. Tornou-se colaborador do jornal “Diário Ilustrado”, do semanário “Século Ilustrado” e da revista “Vértice”, ao mesmo tempo que publica obras de literatura como “O Coração era um Diamante “ (1948) ou “O Jantar da Aranha Zarolha” (1954).Este último título é ainda hoje uma referência no campo da literatura infantil.
Do seu trabalho destacam-se também as adaptações para o público infantil de diversas obras da literatura portuguesa e estrangeira, bem como a produção para televisão de diversos folhetins infantis e peças infantis de teatro. Foi ainda o impulsionador e responsável pela organização dos volumes “Estrada Larga”, uma antologia dos suplementos “Cultura e Arte” do jornal “Comércio do Porto”.
Costa Barreto faleceu em Valbom, na “sua” Villa Barreto a 25 de maio de 1973. Gondomar perpetuou a memória deste filho adotivo através da toponímia. A Avenida escritor Costa Barreto percorre hoje as margens do rio Douro, revelando paisagens que inspiraram, sem dúvida alguma, o jornalista e escritor.