O Dogma da Imaculada Conceição de Maria, parte integrante do Direito Canónico, deve-se a um gondomarense, Frei Gonçalo de Valbom, nascido no lugar homónimo em 1250.
De Gonçalo de Valbom sabe-se pouco da sua vida em criança e jovem. Registos indicam apenas que ingressou novo no Convento do Porto, onde logo se destacou como um exímio estudioso.
Foi Ministro da Província de Castela da Ordem Franciscana, chegando a Geral da Ordem dos Franciscanos, em celebração dirigida pelo Papa Benedito XI, no ano de 1304, em Paris.
Foi considerado um reformador da Ordem Franciscana. Acérrimo defensor da simplicidade e da evangélica pobreza de S. Francisco, proibiu com leis severas a superfluidade dos hábitos e o ornato das celas. Também por sua ordem foram arrasados muitos edifícios sumptuosos, impróprios à evangélica pobreza do Seráfico Francisco.
Notável pregador e teólogo, ficou famoso pela defesa da Imaculada Conceição de Maria, e por ser o maior responsável pela transladação das cinzas de Santo António de Lisboa, para um magnífico mausoléu em Pádua, onde ainda hoje se encontram.
Frei Gonçalo de Valbom foi assassinado na cidade de Paris, a 14 de abril de 1313, por alguns do que contrariavam a sua missão de simplicidade.