As suas obras estão hoje espalhadas um pouco por todo o mundo, sendo reconhecidamente um dos melhores escultores nacionais. Falamos do gondomarense Zulmiro de Carvalho, de seu nome completo Zulmiro Neves de Carvalho, nascido a 12 de março de 1940 em Valbom.
Zulmiro iniciou os estudos liceais na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto, em 1952, ingressando depois, em 1963, na Secção Preparatória do curso de Escultura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP).
Ganhou, nesse ano, uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian que lhe permitiu contatar, durante esta formação, com grandes vultos das artes, como Lagoa Henriques, Gustavo Bastos, José Rodrigues, Eduardo Tavares, Alberto Carneiro, Barata Feyo, Ângelo de Sousa e Jorge Pinheiro.
Terminada a licenciatura foi convidado para assistente de Escultura da ESBAP, tornando-se depois professor na mesma escola. Fez uma pós-graduação na St. Martin's School of Fine Arts, em Londres, onde trabalhou com artistas vanguardistas como Philip King, Anthony Caro, William Tucker e David Annesley.
Nos anos 1990, em colaboração com Carlos Barreira e Carlos Marques, montou um atelier experimental (1993-1994) que esteve na base da reformulação do ensino da escultura na ESBAP. Em 1995 aposentou-se como professor auxiliar desta escola.
As criações de Zulmiro de Carvalho podem ser encontradas um pouco por todo o País e no estrangeiro, desde o Porto, no Jardim de S. Lázaro, no Cemitério do Prado do Repouso e na Fundação de Serralves, a Lisboa, no Metropolitano, na Caixa Geral de Depósitos e nas coleções da Fundação Calouste Gulbenkian, até à Alameda Carlos Assumpção, em Macau, ou no Museu Britânico, em Londres. Na sua terra natal, é autor do Pórtico do Monte Crasto, uma escultura em ferro que simboliza a porta de entrada para o Monte Crasto.
A obra do escultor tem recebido diversos prémios nacionais e integra numerosas exposições individuais e coletivas, em Portugal, em simpósios e mostras internacionais.